Luso-Poemas
 
Poemas -> Sombrios : 

SUBORNO

 




Ah, mas se a exaltação viesse,
Tivesse ao menos eu a coragem
Para me revoltar,
De encontro a esta minha carne
Flácida, disforme e inópia.

E que eu lhe desse um gosto
Aromas de vida,
Novas energias
Que alimentassem estes meus poros,
Velhos e relhos.

Rasgados, dilacerados
Por dentes,
Que tivessem mais verdade
Que beijo,
Quando consumado por pena.

Ah! E se me corressem
As lágrimas suaves, e elas
Lavassem este meu rosto,
Embrutecido e agastado
(Em vã procura daquela que
Já me encontrou),

Que me deixassem apenas
Aquela fina película:

Aonde ser,
Era só bastar-nos.


Jorge Humberto
Saiu A Fera De Mim

 
Autor
jorgehumberto
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1029
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
3
0
0
Recentes
PEQUENO POEMA DE UM NASCER DE SOL
DESLINDAR A VIDA DO SONHO
HOTEL CALIFORNIA
E… O QUE FICOU?
AINDA ESPERO UMA PALAVRA TUA
Aleatórios
A NOSSA CASINHA
SOMENTE APAIXONADO (a Nanci Laurino)
UM POUCO DE MIM
NUMA TARDE COMO ESTA
SE ÉS CAPAZ
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
JB
Publicado: 04/12/2006 18:08  Atualizado: 04/12/2006 18:08
Membro de honra
Usuário desde: 05/09/2006
Localidade:
Mensagens: 531
 Re: SUBORNO
muito bom, parabéns
JB

Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 05/12/2006 18:01  Atualizado: 05/12/2006 18:01
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: SUBORNO
Toda essa exaltação medeu ânimo.
Incrível composição
Parabens

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre