Velho cêntimo esquecido
Mal recordo a tua história
Sinto-me apenas aquecido
Redescubro-te na memória
Lembras-me algo querido
Algo que foi prometido
Tenho-te comigo
E agora sou só um amigo
Foi bonito, ou não
Mas sem dúvida promissor
Recordo-te na mão
Nesse momento de amor
É tanto o que simbolizas,
Trazes muito à memória
Com ternura aromatizas
A dor desta história
Velha moeda já gasta
De tanto não ser usada
Envolta em pegajosa pasta
De há muito não ser observada
A promessa lá se manteve
Estiveste ali até poder
Mas fui eu quem não se conteve
De te tirar para te ver
Raiva a minha de não recordar
De forma precisa a tua razão
Mas posso assegurar
Que estará algures no meu coração
Fim de uma "era"
Início de algo diferente
Esvai-se o que acontecera
Mas com a substância presente
Declaro agora o teu fim
Ou o fim ao que simbolizas
Recordo-te pouco ou nada, enfim
Já não me traumatizas
É bom pensar em ti
Mas cada um guarda para si
Aquilo que não deixa para trás
E algo agora me diz, aquilo que sou eu quem o faz
Uma velha moeda de 1 cêntimo, num compartimento feito à medida, numa velha carteira que me acompanhou durante anos.
Uma promessa dessa estadia com uma história já envolta de uma nevoeiro de imprecisão de memória.
Recordação involuntária do momento que torna um simples olhar num momento de nostalgia intensa.
Meras palavras ilustrativas daquilo que se sente ao recordar "bons velhos tempos".
Re: Velha moeda
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