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Te sinto no vento nesta sala abafada,
na corrente de ar de um ventilador.
Nos papéis da mesa faz uma revoada
o ar fica viciado, circula mais calor.
Assim em meio a tantos aromas
foi que te senti, tênue no início.
Devia ter sabido pelos sintomas
que logo mais viria o sacrifício.
Não deu outra, você se agiganta,
toma conta de todo o ambiente
metade das pessoas já espanta.
Fiquei: meu assunto era urgente.
Penetrou pelas narinas abaixo,
não dando chance de respirar.
Vai fazendo o maior esculacho
já começando a me faltar o ar.
Sentimento amplo, bodum incomum,
na memória comum jamais esmorece.
Na sala fechada o cheiro de pum,
coisa que a gente jamais esquece.