Qual árvore depenada
De suas folhas viçosas e reluzentes ao sol
Ah! Que em meus olhos albergam nada
Nem os passos da alvorada
Nem o som do vento que as levou!
Sinto...
Que em mim algo quebrou
O cordão umbilical que se cortou
De laços tão fortes que nos acorrentou!
Chegou o sinal da hora
Das folhas esvoaçarem
Para em outros galhos florescerem
E eu, nua das minhas vestes
Nesta vasta solidão!
E elas... as folhas,
Tão quentes com os raios do sol
Que as levaram tão docemnte.
E, atiladamente vou recuperando
Desta ausência de folhagem
Por quem a minha alma tanto estremece.
Só com a minha solidão,
Não ouço os sons da madrugada
Os risos do sol acalentam- me
Solidários com a minha nudez anterior,
Moderam a minha luta desbravada
E num murmuro sábio...
Fazem reflectir quanta é a verdade
Desta minha saudade
Que sinto!
Tão quentes com os raios do sol
Que as levaram tão docemente.
E, atiladamente vou recuperando
Desta ausência de folhagem

 
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mariavaladas
 
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Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 01/02/2008 14:14  Atualizado: 01/02/2008 14:14
Da casa!
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Mensagens: 334
 Re: ÁRVORE
belo poema, eivado de um melancólico bucolismo.
bela lirificação da perda