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Cinzas

 
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Cinzas

Tenho os meus olhos rasos de água
O meu coração tão cheio de mágoa
Por este alguém que me desprezou
Sigo tão triste por estes caminhos
Com minha alma ferida de espinhos
E por este mundo sem rumo eu vou

Eu vivo sozinho jogado pelo mundo
Tal um boêmio triste e vagabundo
Que só Deus sabe por onde andará
A minha cama é sobre a calçada
Após eu deitar já de madrugada
Até que um dia a sorte me levará

Eu já não tenho mais esperanças
De voltar aos tempos de bonanças
Já que a coragem minha acabou
Agora sou como cinzas do passado
E num cantinho estou abandonado
E o vento da sorte não me levou

jmd/Maringá, 28.12.14






verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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