Poemas : 

Pindjiguiti

 
Open in new window

A fusão de raças nas tuas praças,
Floriu a tua peruca de incertezas
E esboçaste um sorriso
Ao sentires na tua calvície,
O bafo quente
Da tua gente hospedeira.

Na fatídica tarde de Agosto,
Viste túneis escuros de morte
E robustas mãos dos visados
Desafiaram as borboletas de ferro

Coraste mas não choraste,
Teus olhos tingiram-se
De vermelho rubro,
Tuas água prenha de revolta,
Serviram de tumba
Aos calcinados corpos
De marinheiros.

A horrenda chacina
De quem clama por uma migalha
Nos teus braços abertos ao mundo,
Cravou o três de Agosto
No coração da gente do povo
E credenciou os nativos
Para o reino da luta.

Nas mãos dos escudados de Agosto,
A paz veio a praça independente
Mumificada de frescura do teu desgosto
E enterrada no calar da noite
No cemitério de ambições.

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1081
Favoritos
3
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
34 pontos
2
4
3
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/01/2015 10:09  Atualizado: 27/01/2015 10:09
 Re: Pindjiguiti
Palavras vindo dos ventos trazido pelos sentidos que se atrae no nesse escuroa polarizado pelos instantes de nosso viver.