continua feliz, a feliz garotinha que em sonhos pedia
que os trovões se afastassem,
que a calma se alastrasse na boemia
infanticídio cometia sem saber caia
e decaia em sua alma vazia
vagando pela maestria da então sinfonia desprendida
sem querer a ira lhe consumia embora isto não dizia
apenas amava e aceitava em silêncio a covardia
cometida por si, distante da cavalaria sonhada,
imaginada e relutada pela ironia
então forte novamente estaria, sem gritar sem chorar
nem relutar, apenas então sorria,
novamente, incansavelmente os pesadelos a domariam
e a manteriam distante, dormente, relutante de agonia
falta então, um dia lhe faria, os sonhos perdidos devastados
pela sonhada, embora não conquistada sintonia
continuava, desgarrada, sem caminho, apavorada
pelo susto assustador do doente sedento de rancor
que a dominaria e em sonho a mataria e diria
durma bem, garotinha
thess