Choram copiosamente os espíritos das matas
enquanto vêem a vida, que. outrora era abundante
Serem extintas, pelas mãos irreverentes
daqueles que as deveriam cuidar somente
Choram sem lágrimas uma dor lancinante,
As crueldades de seres inconsequentes
que transformam as matas em desertos
com a simples desculpa de progresso
Choram os espíritos as perdas das matas,
da fauna que em desabrigo deixa seus filhos,
da flora que chora e se deflora
Choram os índios e os mateiros
que vivem e só sobrevivem porque existe flora
E choram todos sem esperança de um amanhã
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)