Poemas : 

Fogo-fátuo

 
Fogo-fátuo

Se por ventura me defender
Da sorte e me alojar no forte
Que eu construí, saberei suceder
Ao ciclo em cruz do vento do norte

Ficarei assim, meio desnorteada
Como todos os que enfrentaram
A sua última e derradeira morada
E que por fim, ali se demoraram

Diz-me vento, que por mim
Te vestes na madrugada
De todos os aromas de jasmim

Baixa o fogo-fátuo num rio sedento
De todos os corpos nus, que cessaram
Já todos os moinhos de vento

Dolores Marques, Poemas 2014
 
Autor
ÔNIX
Autor
 
Texto
Data
Leituras
777
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/10/2015 14:02  Atualizado: 01/10/2015 14:02
 Re: Fogo-fátuo
Ventos que tocam no ser, numa pelnitude que nossos olhos sentem os instantes sonhados