Poemas : 

Senti soarem sinos de bronze em sinfonia

 


Pelas coxas quentes escorregou o negligê,
mesmo com vergonha me asfixiava a luxúria;
entre as quatro paredes as falas eram abafadas,
enquanto lá fora a lua sussurrava,
olhando pelas cortinas transparentes,
surpreendendo meus suspiros de prazer enlevados,
queimando como num forno entre os travesseiros.

Nem o tempo passando interrompeu meus gemidos,
com os lábios entreabertos molhados em êxtases;
e veio como ondas ferventes escaldando a pele,
senti soarem sinos de bronze em sinfonia,
e acabei sorrindo antes que acendesse um cigarro,
e corresse para cozinha a tempo de passar o café.

 
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madresilva
 
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