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O grande caderno azul - LI

 
LI

Manhã de segunda feira aos vigésimo quarto dia de abril - Por pouco não vacilei ontem,bebi legal uma garrafa de aguardente na Praça do Bacurizeiro em companhia de Cabiludo Indio e de Luis. Encerrei, mas a tentação alcoólica foi grande e comprei um real de pinga, copo cheio no Bar do finado Bispo. Em vez de vim para casa, fiquei fazendo hora no banco dos Moto-Taxistas na calçada do mercado, perto da Frutaria do Berete. Como sempre não me satisfiz e comprei outro copo e o resto vocês já sabem, não sei como cheguei em casa ou se almocei, quando dei por mim eram seis horas da tarde - arreliado da cabeça, mas sem vontade de beber fiquei assistindo tv, queria ver uma reportagem no Domingo Espetacular da rede Record sobre a pseuda morte e vida de Adolf Hitler, aqui no Brasil no interior do centro-oeste. Apareceu uma foto dele ao lado de sua companheira uma negra. Ele era alemão, chamava-se Adolf Leipzig, trabalhava como Tratorista até sofrer um acidente, foi trabalhar como vigia num posto de gasolina onde consertava rádios e armas. E i pior era um fumante inveterado - todos nós estamos careca de saber que mestre detestava cigarro. Muito contraditório.
Uma modorrenta manhã. Vamos ler um pouco, "Abusado" - uma radiografia da vida atribulada nos morros cariocas,onde impera os traficantes e suas gangues na eterna luta pelo poder do trafico.
10:40 - O estômago ronca de fome. O meu amigo Jean Gaspar passou manhã toda aqui conversando. E assim vou levando a vida, uma diarreia básica.



 
Autor
r.n.rodrigues
 
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