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O grande caderno azul - LXI

 
LXI

Manhã ensolarada de sábado no sétimo dia de março, mas o céu carregado de nuvens plúmbeas. Bebi café com leite e a metade de um pão.Seu Pietro deitado no sofá da sala que lhe serve de cama. Obrigado Senhor por tudo ter saído bem. Entreguei a grade de Dona Nazaré. Frank Puro a levou no ombro e agora pinta a outra da mãe de Dona Odila, a vovozinha da Praça do Bacurizeiro. As soldas ficaram muita grossa,mas acho que dar para passar. Um rapaz trouxe duas grades para enquadra-las.

Noite fria e chuvosa. Almocei um bom cozidão de ovos com cheiro verde, cebolinha,pepino e quiabos que comprei na hortaliça comunitária. Bebi três latas de cervejas no restaurante de Dona Maria na Praça do Bacurizeiro. Apesar de dormir a tarde toda, ainda bocejo. Meu filhote chega, minha cunhada cochilava sentada na cadeira de macarrão,ladeado pelos eus cães. bebi uma latinha que comprei fiado no finado Bispo. Seu Carlos, o borracheiro quis pagar uma lata pra mim no Bar de Dona Jurema, mas a pixixixtinha morena disse que não tinha troco.Deixei o meu filho na porta da casa dele,a rua estava deserta como sempre. Um pequeno passeio noturno. Encontrei com Jack em pé na calçada em frente ao comercio do pai de estranho no canto da praça. Conversamos um pouco sobre literatura sentados no banco,mas depois chegou Alan bêbado e por fim D. DJ com uma garrafa de cachaça Três Coroas - bati em retirada.

 
Autor
r.n.rodrigues
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/05/2016 10:19  Atualizado: 11/05/2016 10:19
 Re: O grande caderno azul - LXI
Parece apetitoso esse cozidão.
E é bom saber quando recuar... Grande desfecho.

Abraço