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Morreu! Vai a Rainha a sepultar ...
Deixai-a repousar! 'Inda agora se finou
no seu leito glacial e, já tantos, a chorar,
a desejam ir velar, aí onde se ficou!
Vai de negro como sendo hábito de gala!
Cor essa que tão cedo lhe tomou o rosto ...
Pobre D. Amélia! Mas não irá a uma vala.
Seu filho e seu marido aguardam por seu corpo!
E cai o Sol na linha do horizonte,
há jardins de goivos, tristes, desgarrados,
olhos e gentios, sem destino, abandonados!
E há cansaço, vazio e solidão
por cada canto e espaço onde passa o caixão
da Rosa d'Orleães, cujo o cheiro 'inda se sente.
Ricardo Maria Louro 
Para a Rainha D. Amélia de Portugal. 
Uma pessoa que marcou fortemente a história no coração dos Portugueses. A Rainha Exilada. Nasceu e morreu no exilio. A Rainha mártir. Viu morrer toda a familia de forma infame. Enterrou o marido, os dois filhos e a sogra. 
Contam-se amanhã,  dia 25 de Outubro de 2019, 68 anos sobre o seu falecimento. D. Amélia de Orleães e Bragança morre a 25 de Outubro de 1951 em França,  no Exilio. Regressa a Portugal para ser sepultada no Real Panteão  dos Bragança por desejo próprio e por decisão  de Oliveira Salazar que decide também  conceder-lhe  honras de Estado. Uma Senhora muito especial. A minha Rainha de eleição.  R.I.P. D. Amélia de  Portugal.
                
Ricardo Maria Louro