Iluminadas são as flores.
Retratos exalam perfumes.
Exponho nas janelas
vestidos de nuvens.
Vejo-me no espelho.
Na na pele o cheiro
dos corpos mais
sensíveis.
No quarto lembranças
movimentam paredes...
Os quadros em desordem.
Sopro a poeira dos livros no sótão.
No tempo, beijos de luz. No varal,
guardam as roupas, águas de maio.
Esqueço colares debaixo dos lençóis.
Apaga-se o abismo nos meus olhos...
Poemas em ondas deslizam nas águas.