MEIAS-IRMÃS

Concordo contigo, Delize, estava no pretérito imperfeito (que pressupõe uma ação iniciada no passado que pode continuar no presente) ao lado de uma expressão comum do idioma (o "haja o que o houver") que introduz no presente uma possibilidade de futuro (futuro do subjuntivo de "haver").

Penso que deixando "não se afastam" no presente a estrofe toda fica mais simples, portanto, melhor.

Agradeço muito a leitura atenta e o reparo minucioso.

Abraços, RicardoC.

Obrigado, Volena, pelos elogios à engenhosidade do soneto. Tecnicamente, eu me sinto feliz também com o resultado.

Quanto à melanina das personagens, é muito importante em meu país afirmar as belezas negra e morena, até em contraposição às representações oficiais elitistas.

A Paz é morena por representar a conciliação dos conflitos etnicos mediante a miscigenação.

A Liberdade é negra pela superação da escravidão e do racismo.

São meias-irmãs e filhas da Tolerância, porque a compreensão dos outros, sobretudo em suas fragilidades e mesmo ignorâncias, nos permite gerar, ora mediante o Respeito; ora mediante o Direito, a concórdia entre todos os homens e mulheres.

Este é o poema d'um brasileiro que busca expressar uma visão brasileira do mundo que observa.

É isso.

Abraços, RicardoC.

...mais parece um silogismo, somos todos irmãos que Deus fez o coração igual e da mesma cor mas foi uma interessante e proveitosa réplica, obrigada e um abraço irmão Vó

Retribuo-te o abraço, Vó.

A argumentação acerca de minhas escolhas no soneto, embora assertiva, pode ter parecido grosseira. Não foi minha intenção.

Concordo contigo: somos todos irmãos e ligados de modo especial por compartilharmos o idioma. Ressalto o ser brasileiro nao por um nacionalismo antiquado, sim para contextualizar a minha mensagem.

No mais, feliz e santo Natal, Volena!

Abraços, RicardoC.