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.... Ponto final

 
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Se eu pudesse escrever o texto que unisse os fragmentos de que sou feito.

Se descobrisse a lacuna dos meus sentimentos, num texto que o dissesse, morria.

Até lá, vivo para me matar e escrever até que as palavras desenhem o meu sentido das coisas.

Até lá, sou o papel amarrotado que se atira a um canto

Um rascunho inútil.

Um parágrafo medíocre. E, se eu morrer sem me criar, morrerei por nada.

 
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super_prisma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/12/2018 11:41  Atualizado: 27/12/2018 11:45
 Re: .... Ponto final
.
Morreremos sempre por nada. É ilusão pensar o contrário.
Chegar a essa conclusão não precisa de ser um caminho de desespero.
O sonho -- e o pesadelo -- de cada instante podem ser apaixonantes na sua fugacidade.
E a esperança de que algo permaneça depois do fim... vale alguma coisa, não?

Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 27/12/2018 16:09  Atualizado: 27/12/2018 16:09
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
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Mensagens: 12485
 Re: .... Ponto final
Sim morremos é a lei da natureza, mas não a de Deus na eternidade , haja fé! Gostei e ponto final. Abraço Vólena

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 29/05/2020 11:30  Atualizado: 29/05/2020 11:31
Da casa!
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Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: .... Ponto final
Jamais poderemos compreender-nos na nossa totalidade. E, provavelmente, ainda bem porque é a procura da compreensão que nos move, não o alcance total da mesma.
Somos, enquanto existimos, rascunhos, “papéis amarrotados”, mas é pela procura do que somos, e através do que criamos, que encontramos o (nosso) sentido.
Gosto do tom reflexivo!