Cravo nas mãos a insânia de ontem
alucino-me em sombras agitadas,
saboreadas nos umbrais do olhar
sem tempo, sem cor…sem alento
Tropeço nos meus passos…distantes
molhados de sonhos …gotejantes
de um mar vermelho de escombros
Deito-me na noite, cansada
dos suspiros, gemidos e da dor
nos olhos o anseio da alvorada
neste inverno sem chuva e calor.
Escrito a 6/1/2020