Sonetos : 

QUANDO EU LHE PEDIR A CONTA.

 

Traga mais uma cachaça, mas não me faça perguntas
Comigo não há trapaças eu não gosto de bagunça
Caso não fosse chifrado eu não tomaria este veneno
Para um corno tarimbado um copo cheio é pequeno.

Quando eu lhe pedir a conta me traga tu anotado
Quero ser informado das mágoas que me consomem
Pois cada dose foi um homem pelos quais fui corneado
Porem jamais fui informado destes quais são os nomes.

Se eu fosse um ser possessivo mataria um por um
Mas isto não me traria uma sensação de honradez
Porque se mulher não presta arruam outros fregueses.

Quero sanar minhas mágoas nestes copos de aguardente
Quando meu sangue estiver quente minha tristeza desaba
Hei de morrer como indigente com minha alma lavada.

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https://youtu.be/Xuc8MQLIJJg

Enviado por Miguel Jacó em 18/01/2020
Código do texto: T6845089
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Miguel Jacó

 
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Migueljaco
 
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Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 19/01/2020 18:12  Atualizado: 19/01/2020 18:12
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Localidade: São Paulo
Mensagens: 7124
 Re: QUANDO EU LHE PEDIR A CONTA.
Boa tarde, Miguel,

Um Soneto bem construído. Hahaha, acho melhor não pedi a conta. Brincadeirinha!

Um abraço,
Mary Jun

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/01/2020 15:22  Atualizado: 21/01/2020 15:22
 Re: QUANDO EU LHE PEDIR A CONTA.


Excelente

Quando meu sangue estiver quente minha tristeza desaba
Hei de morrer como indigente com minha alma lavada.


um abraço poeta Migueljaco