Poemas : 

Trama

 
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Ó vinho ergo-te na taça calorosamente em brinde
Meu coração, este fardo aflito, me dói, mas feliz
Nem um minuto faz de tua partida, já és saudade
Trama melodiosa de meus sentidos, sombras nuas
Tua cor rubi que preenche os espaços até a borda
O aroma de incenso que flutua pelo ar e o perfuma
Minha porção alada nas espirais do desconhecido
As violetas e outras flores anunciando a primavera
E tu diz-me tão radiante: hoje quero voar contigo
Manchar a tua boca com a cor púrpura da minha
E te digo musa minha cantarei as estações para ti
Perfumarei o teu corpo com exóticos almíscares
Nosso amor não nasceu para morrer sob este céu
A noite se aproxima e já ouço essa voz conhecida
Que antecipa tua chegada como se fosse melodia
Janelas abertas por onde se esvai a minha solidão
Para além da campina, dos riachos, meu devaneio


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/09/2020 20:20  Atualizado: 23/09/2020 20:20
 Re: Devaneio
E assim nasce um poema!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/09/2020 10:01  Atualizado: 24/09/2020 10:01
 Re: Devaneio


E assim nasce um amor poético
de tanto sentimento em devaneio


um abraço Mr.Sergius