Prosas Poéticas : 

A morte da poesia

 
Open in new window

A união faz a força,
Aqui é moeda de troca,
Ou louca vaidade,
Focada na parcialidade
Das carícias trocadas
Por mãos tocadas.
Quando tosse uma foca
Todos saem da toca,
Carregados de prendas
E merendas, e se juntam
Num pútrido banquete.
Já vi tantas juntas,
Mas nunca vi
Tantas moscas juntas
Num pudico festim,
Com esmeros na choca.
Ajudem-me sorrir
Pra não chorar,
A premeditada morte da poesia.

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
946
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
27 pontos
3
4
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 20/12/2020 15:37  Atualizado: 20/12/2020 15:37
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8277
 Re: A morte da poesia
…e nas curtas manga das camisas da força,
Levam a decepção camuflada em orgulho
E vaidade.
...

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/12/2020 22:17  Atualizado: 20/12/2020 22:17
 Re: A morte da poesia
Não acredito na morte da poesia . Enquanto houver quem goste de poesia. Poesia é uma necessidade.

Enviado por Tópico
Legan
Publicado: 21/12/2020 17:39  Atualizado: 21/12/2020 17:39
Colaborador
Usuário desde: 26/01/2010
Localidade: Algures em Trás-os-Montes
Mensagens: 788
 Re: A morte da poesia
Eu não acredito na morte da poesia, ela viverá para sempre...

Há poemas e poemas, acredito que muitos são feitos com os melhores dos sentidos, por autores que amam realmente a poesia...

Abraço
José Coimbra