Poemas -> Introspecção : 

ALMA CONFUSA

 

Sol de verão que abrasa o solo,
Queima de jardim sua verde relva
Me atormentas com teu silêncio
Que busca conforto em teu colo
Fugindo desta fera intrica selva
Que a ti, não movo nem influencio
Mesmo abandonando todo protocolo
Servindo meu ser de manjar de malva
Que te cura e acalma todo meu gerencío
De um pensar que apenas encaracolo
Tornando minha vida em fera e calva
Que meu amor torno e silencio
Derramando nesta busca de consolo
Minha alma gémea em sonho que salva
Esperando que santidade seu Núncio
Me venha para mitigar sendo ídolo
Da santa igreja, meus males me absolva
Para às canções divinas em prenuncio
Me juntar à candura angelical e deambulo
Se esta espera fará frutos que não dissolva
Para aos céus e terra mantenha o anúncio
Colado na seda fina do teu casulo
Que te esconde ao mundo e assim te salva
Deste amor louco que deflagra e denuncio
Toda a tortura de meu ser que desarticulo
Malva esta que me acalma e salva
Neste mundo onde pouco me delicio
Procurando algo que me dê vínculo
Para poder fugir desta cabala que me envolva
Tortura nestes cantos atrofiando em silêncio
Será que ficando vencerei da vida o obstáculo
Que me absorve mudando a cor viva
Que me consome sem do mal ver indicio
Que me torne vencido no polvo seus tentáculos
Que devoram minha carne sendo atrevida
Minha alma que se não liberta e balbucio
Queixumes de amor que mal articulo
Em voz que mais se assemelha à tremida
Queixa de quem prefere ouvir Confúcio
Finando o sofrimento falado em Vernáculo
Sossegando encarquilhado invólucro e ferida
Carne por impossível amor que apenas balbucio
Alma que mais não suporta este régulo
Querendo apenas largar esta vida
Para sono profundo termine em delírio
Terminando minha dor que não calculo
Como esta alma que de vida sofrida
Para viagem ao inferno me gerencío
Descende a profundas que me ejaculo
Como nunca em dias de minha vida
Que nem tulipas que oscilam como ébrio
Que anestesia e embriaga o tabernáculo
E assim finar o que nada tirei desta vida.

Domingo, 28 de Maio de 2006

 
Autor
edmundohgsilva
 
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