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Ao derramar poeira de luto na cabeça

 
Por dias e noites seguidas
As idosas não contiveram os gritos
Os anciões lamentavam
As jovens arrancaram os cabelos
Ouvia-se o som das flautas
Homens chorando e mulheres
Sem motivos para sorrir
Ao derramar poeira de luto na cabeça
Garras nos seios
Garras nos olhos
Sangue nas veias
Por dias e noites intermináveis
Prantearam e enterraram seus mortos
E muitos ficam estendidos pelo chão.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

 
Autor
Odairjsilva
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/04/2021 09:44  Atualizado: 04/04/2021 09:44
 Re: Ao derramar poeira de luto na cabeça
Que rica inspiração. Bela reflexão. Saudações poéticas!

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