Poemas : 

Cai o conforto desta mágoa ao fim da tarde

 
Cai o conforto desta mágoa ao fim da tarde
Na meia-luz abre-se o tempo, onde a fogueira ainda arde
Consumindo em labaredas o futuro, o passado

E todos os meus desideratos

Como brasas incandescentes sopradas pelo vento
Queimando a vida lentamente
Os destinos
Os dilemas
Dúvidas
E certezas
Queimando o oxigénio que me falta.

Cai o sol entre retratos pelos dedos sombreados
Onde os medos que enfrento, apenas trazem solidão
Abrem-se noites no meu peito, nos momentos recordados

Abrem-se vãos, enquanto caminho pelo chão.

Cai a vida lentamente ao fim da tarde
Como lenta sinto a queda do meu corpo

Neste silêncio absoluto em que me encontro.


Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.

 
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silva.d.c
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