Poemas : 

ESTRANHO INTERNAUTA

 
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#ESTRANHO #INTERNAUTA

Se tu queres, meu amigo...
No teu álbum um pensamento...
Não contes comigo...
Nesse momento...

Agora, não falo de flores...
Nem das travessuras do Cupido...
Falar de amores?
Não fazem sentido...

Mas se queres ouvir minhas sandices...
Tenho muito a lhe dizer...
No vinho a verdade...
Sempre está a aparecer...

Vejo matronas...
Gays enrustidos...
Maridos traídos...
Ansiosos por querer...
Alguém, que seja ninguém...
Suas carnes aquecer...

Brado contra o vício...
Tal qual o demônio...
Tão belo e tão fino...
Ávido em devorar sua alma...
Com afinco...

Se o muito que sinto...
Não posso dizer...
Não quero que me digam...
Como sou atrevido...

O espelho rouba sua alma...
Sem que você saiba disso...
Desculpa, amigo...
Essa estranha vaidade...
Faz você perder o tino...

Oh céus, que luxúria...
O que se acha tão belo...
De ar sedutor, todo elegante...
Só mais um desfrutável...
Logo torna-se pedante...
Não tem mais nada a oferecer...

Mas se queres ver um contraste...
Cada um só pode dar o que tem...
Ilusão quando dá abrigo...
Logo nasce o desdém...

Guapos rapazes...
De olhares "calientes"...
Ostentando, fazendo poses de figurão...
Arrotam soberba...
Só tem gás na pança...
Com flatos horrendos...
Charlatão...

Quem há que possa competir ?
De inveja prenhe e de letal veneno...
De dinheiro a falta...
De juízo ausência...
Estranho internauta...
Não me leve a mal...
Afinal...
Entre tantos vazios...
Onde está a moral?

Sandro Paschoal Nogueira

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Conservatória
 
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