Rondel : 

O corsário e o erário

 
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Vil e serviçal corsário
ao rei serve para agradá-lo,
mesmo sem ideário,
ou maestria para fazê-lo.

Sendo devotado caudatário,
sem coragem para confrontá-lo,
vil e serviçal corsário
ao rei serve para agradá-lo.

Ansiando por dividir o erário,
pela parte do butim, seu regalo,
não percebe o chefe arbitrário
que, apenas, deseja mantê-lo
vil e serviçal corsário.


"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."




Em um reino, não tão distante, um rei incapaz delegou suas atribuições a uma trupe de vassalos incompetentes, enquanto passava o seu tempo em cavalgadas pelos arredores do palácio, saldado por nobres e burgueses, interessados em manter seus privilégios e sonegar impostos, deixando o povo abandonado.

Momento fundamental de seu desorganizado reinado foi a entrega da carta de corso a um bucaneiro, pouco conhecido entre seus pares de pirataria, e que mantinha sua base em uma ilha do Caribe.

Tal corsário ficou responsável pelo saque ao tesouro (erário) e por dividir o butim com a elite local. O monarca arbitrário percebendo a expansão desta influência, logo, cerceou seus poderes, pois, apenas desejava um vil e serviçal corsário.

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Autor
Helio.Valim
 
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