Sigo em frente solitário diante da tempestade
E assim eu te procurei, por todos anoiteceres
Por todas as madrugadas silenciosas, sem luar
Quando o medo veio invadir as noites escuras
Enquanto as ondas se debatem nos rochedos
Instigadas pelos ventos insanos e enfurecidos
Mas meu pranto não é segredo à fúria do mar
Então te procurei entre amanheceres a revés
Só o espaço vazio restou sobre a areia porém
Ainda te vejo, pés descalços, cabelo ao vento
Olhos no horizonte e o sol a lhe dourar a pele
Um fantasma feito de memórias de belos dias
Deixa meu coração fatigado, a alma em pesar
O vento gelado anuncia mesmo que não estás
E sei que algo terrível aconteceu no caminho
Volto à minha cama vazia, se por sorte dormir
Então sonhar, sei que assim vou te encontrar
"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)