“Sozinho”… No meio do nada. O vale está salpicado, Pelas luzes das aldeias.
É noite de lua cheia, O vento frio do norte Congela-me as mãos, Mas o que isso importa?
O sofrimento late Fortemente no meu coração E desfaz a minha alma Em mil pedaços, Que voam com o vento… Mas o que isso importa?
Partiste… Sim… Abandonaste-me.
Ainda escuto, A tua voz a chamar pelo meu nome, Ainda sinto o teu perfume… Sim… Ainda sinto a tua presença… Podem-me chamar louco Ou o que quiserem. Mas o que isso importa?
Nas minhas mãos Um jarro… Um último beijo de despedida E sinto um toque no ombro, Mas não há ninguém…
Querias que o fizesse com um sorriso. Então lembro-me do teu sorriso. E sorrio… Sorrio com as lágrimas a rolar Pelo meu desgastado rosto. Abro o jarro E despejo as tuas cinzas ao vazio…
Voa… Voa livremente Ao sabor do vento Com o teu jeito de mulher rebelde E… Não esperes por mim Pois te alcançarei Brevemente…