Poemas : 

o poema é a casa da mãe

 
abre-se o peito
do momento

há fuga atrás de colo
vê-se o lamento

o sorrir também escapa
em busca do troféu-abraço

da porta escancarada
aproveita-se e mostra a cara
o amor também
um pouco sorrateiro
um pouco esfuziante
florido ou cabisbaixo
depende do que sente
no instante

em sua grandeza
rompe de dentro a natureza
cheia de estampas
não nega a beleza

para não ficar trancada
também foge a libertinagem
não se faz de rogada
no puro instinto
não quer perder a vez
de mostrar a sedução, a luxúria, o tesão
a vontade da carne
sem timidez

de esguelha sai de mansinho
o puritano, dos pés ao pescoço
sério e portentoso
pra não fugir insosso
traz um vídeo
a foto de flor
dando dicas de amor

na umbreira daquele peito
surge a sombra de alguma coisa
... quem vem lá?
ahhh! a politica em seu terno preto
de ideias, demagogias, críticas
e utopias em defesa do animal
da justiça e do social
conservadora, religiosa, patriota
sensacional... porém sem concretude,
no entanto neste contexto de peito,
não faz mal

e até a cara do mundo
na reflexão do mistério
do universo profundo
intrigante na razão
fantasioso e sobrenatural
cheio de terra
cheio de céu
também do peito foge
para morar
no papel...


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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MarySSantos
 
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