Poemas : 

Leves são os cardos

 



Escrever superfícies de prata
onde correm fragmentos das minhas mãos

a formularem sombras
ou sementes imbuídas de esperança.

Sonhar ainda palavras suspensas
em janelas de primavera

ou a cor de uns olhos
em que o tempo se perdeu.

Se ainda me levassem
as marés
pelas nascentes

e as estradas quase sempre
pólen de lua cheia
e horizontes abertos sobre o mar.

Se ainda fosse um rio
a luz
que se abre todos os dias.


 
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idália
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