Poemas : 

Refúgio de setembro

 

Um ruído rouco desarrumou o silêncio
congelado da rua.

Mas tu hoje não vieste. O dia alongou-se
na irremediável obrigação de existir. Cumpriu-se
o calendário das ausências

aquilo que sobra dos instantes de fogo
ou dos lugares do vento que rodeiam o teu nome.

Aquilo que sobra dentro do silêncio rouco
onde se vai dissolvendo a voz distraída dos pássaros.


 
Autor
idália
Autor
 
Texto
Data
Leituras
258
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
22 pontos
4
1
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 30/09/2023 19:49  Atualizado: 30/09/2023 19:49
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1176
 Re: Refúgio de setembro
Boa noite

gostei de ler este poema de imagens palpáveis e poderosas metáforas.
preenche mais do que aquilo que sobra.
Parabéns.


Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 30/09/2023 21:04  Atualizado: 30/09/2023 21:04
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10503
 Re: Refúgio de setembro
Olhando para trás, sempre nos chega a recordação e surge lenta como o fumo, num frágil passar que nos deixa nostálgicos... achei belo e nostálgico o teu poema.
Gostei de ler.

bom domingo
bj.