Luso-Poemas
 
Poemas : 

Tu és tudo nos atalhos da vida

 

Tu és a brisa do leste,
Que me veste
Com seu pano de pente,
E me embala no seu regaço quente

Tu és o sopro do vento
Que varre meu sentimento,
E arruma meu sofrimento
Nas prateleiras do convento

Tu és o luzir da lua
Que alumia minh’alma nua,
E nesta senda de paz crua,
Faz da minha dor, a tua

Tu és o dorso
Do universo,
E neste mundo perverso,
Sinto o sentimento do teu sentir inverso

Tu és o olho do sol no espaço,
Que me faz levantar do berço,
Rezar um terso
E começar tudo pelo começo

Tu és o sorriso da sereia
Que me acalma em noite fria,
E faz da sua magia
A cintilante luz que me guia

Tu és nazareno
Que do ventre materno
Da rainha do reino,
Nasceste pra fazer do mundo, eterno
Lugar pra viver, um lugar fraterno

O que seria de mim
Sem teu abraço?
Sem o calor do teu regaço,
Seria o fim do meu fim

Tu és o amor,
Rara beleza duma flor,
És a voz do condor
Que ressoa em minh’alma a todo o vapor

Adelino Gomes-nhaca

Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 14/09/2023 22:16  Atualizado: 15/09/2023 06:19
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8823
 Re: Tu és tudo nos atalhos da vida
Tu és o tudo de tudo
Do que quero ser, e ter no auge
Do meu querer.

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