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O GAVIÃO QUE NÃO COME PASSARINHOS

 
. O GAVIÃO QUE NÃO COME PASSARINHOS
Determinado gavião, forte, bonito e corajoso , era o que mais alto voava , dos gaviões daquela região. Apesar de todas as características para ser um grande gavião, gostava de fazer amizade com passarinhos, ao invés de persegui-los .Preferia a comida que seus amigos lhe ofereciam , insetos, minhocas , pequenas cobras e outras coisas que a passarada adorava degustar e que os gaviões não gostavam de comer. Os amigos de Arthur, este era o nome do gavião amigo dos passarinhos, apesar de não concordarem com seus hábitos exóticos, não atrapalhavam sua vida, não contaram nada para o gavião líder. Mas não tardou que algum gavião fofoqueiro, fizesse chegar ao ouvido de Perseu, o líder , o comportamento diferente de Arthur. Ficou muito impressionado com o que ouviu e mandou chamá-lo para se explicar.
-Por que não comer passarinhos, Arthur?
- Por que comê-los Perseu? Arthur responde ativamente para o seu líder.
- Ora por que comê-los? Os gaviões sempre se alimentaram de passarinhos , não vai ser você a mudar esse hábito milenar!
-Podemos comer muitas outras coisas, como sempre fiz e veja que não sou um fracote qualquer.
- Você não parece frágil, mas não queremos ninguém de coração mole por aqui. A partir de hoje você não pertence mais a família dos gaviões e deve procurar seus novos amigos.
Partiu, então , triste , mas convencido de não ser um covarde, como insinuou Perseu. Vou morar com os passarinhos e ajudá-los a se defender dos gaviões. Arthur e Gabriel, seu amigo ,também um gavião rebelde, prepararam milhares de passarinhos para fazer frente aos inimigos quando fossem atacados.
É chegada a manhã da grande batalha, vários pontos negros aparecem no céu- Eles estão chegando! É dado o alerta na mata. Uma nuvem nunca vista de passarinhos liderados por Arthur e Gabriel, alça aos ares. São coleiros, andorinhas, canários da terra, sabiás, e uma infinidade de outros pássaros todos dispostos a vencer os gaviões na grande batalha que se avizinha. Aquela enorme nuvem multicolorida, fazendo um ruído ensurdecedor, envolveu cada um dos inimigos, que machucados e quase surdos são obrigados a bater em retirada. Na mata, nunca se viu festa igual! Até os que não sabiam cantar, faziam barulho para comemorar a grande vitória. Os maiores inimigos haviam sofrido, pela primeira vez na história, uma fragosa derrota. Até os pardais, notórios salteadores de ninhos , resolveram aderir ao grupo de resistência.
Aqui nesta mata ou os gaviões mudam seus hábitos alimentares ou vão morrer de fome, comemoravam os dois rebeldes e seus novos amigos e aliados .

 
Autor
Frederico Rego Jr
 
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