Poemas : 

À margem do tempo

 

És talvez o silêncio do poema
a conter-se
ao fundo dos olhos
o reflexo da pedra num espelho convexo
o verso esmagado pela demora
do tempo.

És talvez um eco
um murmúrio do vento
a margem sombria de um regato em viagem
a face traída
do sentimento.

És talvez a minha voz ausente
a imagem esquecida
num hiato
a linguagem fria do presente
o desdém da palavra a gritar invernia
num tempo que morre
seco
dia a dia
hora após hora
lá fora.

 
Autor
idália
Autor
 
Texto
Data
Leituras
158
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
0
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.