Poemas : 

Tempestades

 
Por algum tempo evitei o mar
Ele parecia desviar o olhar ao me ver só,
Quebrava em fúria,

Ao Sol fiz aceno, atravessei noutra esquina, parei com cantorias e versos,
Mantive o pôr ou amanhecer, num canto pequeno de mim,

Da Floresta verdejante senti umedecer os olhos, guardei todas as folhas que pareciam beijar meus ombros, num aceno de lembrar-te.

Parei de estudar a Lua, que tantas vezes inspirou-me a te dedicar,

Rios e lagos lembram-me seus olhos,
A matéria me faz um aceno constante de uma lembrança preenchida de saudades,
A solidão me encontra na multidão.

Os cantos, vozes e sabores, todos eles parecem feitos para você,

Minha razão nas cordas, suplica complacência
A minha carne arde,
Minhas noites ficam longas e o coração acelerado.

Sinto-me um náufrago.


 
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Madam'pen
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