|  |   Re: Abraços com tempero dos beijos
 
 
 
 
 
 
 
 
 As árvores crescem sós
 E são demais, fortes para serem admiradas.
 Das flores nascem sóis
 
 E as sombras caiadas,
 Acolhem os sussurros do vento
 Enquanto
 Nada mais me cabe do que cuidar
 Como a quem
 Nada mais pertence do que podar.
 
 Poderosa realidade, desde o caule
 À causa, à casca que reinventou o fogo,
 Passam por elas as estações,
 
 Trazendo-lhe o júbilo aceso das flores,
 O aroma maduro dos frutos,
 A nostalgia da queda da folha,
 
 E finalmente o rugir do vento,
 Feito música ferida,
 Morrem de pé
 Depois de longínqua vida,
 Tal como as árvores, a razão inequívoca, morre também assim,
 Fora isso, apenas as noites, a madrugada, a elipse
 
 Sem um suspiro se apaga,
 Assim como tendo alma humana por rodapé,
 Mas nem sempre!
 Quando a simpatia e inverdade fazem dos vencidos,
 Os vencedores.
 
 Palavras fazem das árvores, opositoras da razão.
 Nem sempre renúncia se pronuncia
 De trás pra baixo,
 
 "Passagem" é o que somos,
 Natureza e morte (em precisa
 Proporção).
 
 Olhamos sem querer ver espectros,
 Na calçada raízes,
 À superfície das águas
 Alimentamos a renúncia,
 
 Palavras enviesadas,
 Prenúncio de queda invertebrada.
 
 Nunca me surpreendo perante
 O instinto de uma floresta,
 
 Um ramo que se estende e a cor do sangue verde,
 Infinitamente me lembram
 Finais cruzados.
 
 Do verbo encher
 Dizia, minha mãe: Não queiras ser,
 Mais vale enxertar e com paciência ficar a ver
 Nasça menino/nasça menina
 
 Nasça o sol ou até lua nasça poema
 Até sem rima Nasça,
 
 Milagre sem Maria
 
 Nas árvores crescem nós
 E cheiros a menta eucaliptos,
 Enquanto a realidade nem è nossa,
 È remota,
 
 È utopia de condenado à morte,
 Milagre sem Maria são figos,
 Rosários em Gizé não são obras d'arte,
 
 Nem a Palestina na cruz é fixa
 Por simples pregos, Jesus é ?
 
 
 
 (...)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eu :)
 GabrielaMaria
 idália
 rosafogo
 Upanhaca
 HorrorisCausa
 Andeiro
 
 
 
 
 
 
 
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