Há muito que desconheço  
O paradeiro do teu sorriso 
Neste espaço 
Parece que foi no “ontem” muito tarde 
Que os nossos olhos 
Descodificavam um amor em prosa 
Dilatando os lábios 
Com orquestra dos dedos  
Ultrapassamos as horas lentas 
Encurtamos distâncias 
Até estarmos tão perto 
A milímetros de um cego beijo 
Agora tudo foge 
As oportunidades 
As escolhas 
As melodias 
Os nossos versos 
Nesta passagem 
O fim da viagem 
Já nos brinda 
Com aquela brisa
Do fim
O amanhã 
Não parece como horizonte do mar 
Lá esperamos ver quem foi 
O horizonte que agora vemos 
Vai cair com o sol 
E o amanhã será
Diferente  
O sol virá  
Sozinho 
E menos 
Crente 
A poesia ficará 
Vazia 
A magia da palavra 
Ficara sem a alma 
E sem a rima 
Tudo terá a cor do início...
O branco indiviso
Da folha