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O ROBÔ ALUGADO

 
O robô alugado pelo senhor de Nihil, trabalhava na linha de montagem, da robusta empresa na vanguarda do sistema de produção, da Galáxia.
Acabara o seu dia de labor, e preparava-se para enviar um e-mail à namorada, perguntando-lhe:
‒ E que tal a ideia, ‒ já que comprara uma nave espacial nova, que ingloriamente ainda não tinha estreado ‒ de se passar o fim de semana na galáxia ao lado, possuidora de radiantes resorts?
Ela respondeu-lhe por videochamada, que gostaria muito de o acompanhar, mas por se encontrar naqueles dias difíceis do mês, seria proveitoso adiar o fim-de-semana, para daí a uma semana pelo menos.
A moça estudava na Universidade Aeroespacial, no curso de História das Galáxias e Antigos Ferro Velhos, e começara na cadeira das ancestrais civilizações, a estudar uma remota cultura, existente num planeta a desconformes anos-luz de distância, conhecido como planeta Terra, que teria sido arruinado pelos próprios habitantes, isto é, dizia-se que pela fação racional, inteligente e diretora, das formas de vida aí existentes.
O robô desaconselhara-a de tal estudo, na sua opinião, condenado ao fracasso e triste infortúnio.
Disse-lhe veemente, que não havia nada melhor a fazer, do que fizera o senhor de Nihil, nada mais, nada menos, que comprar um outro robô, e alugá-lo há hora, a uma empresa que apresentasse solidez económica.
Poderia assim dedicar-se a atividades criativas, e o produto dessa imaginação e fantasia, poderia ser posto a à disposição dos Cyborgs, isolados nos confins do Universo, de quem se temia que mais coisa menos coisa, começassem a ganhar bolor, de uma qualidade da qual não existia nenhuma maneira conhecida, de se conseguir limpar.
O robô, ficou pior que estragado, mas não o deu a entender, e disse-lhe:
‒ Então está bem. ‒ e mandou-lhe um beijo e um abraço.
Bebeu algumas latas óleo refinado, e enviou uma mensagem de texto para uma antiga amiga, de que ouvira dizer, se encontrava divorciada.
A antiga amiga disse que sim, e ele disse-lhe:
‒ Porém nobre amiga, não digais nada à minha prometida.
E a antiga amiga disse-lhe que sim.
Mas, porque também conhecia a prometida dele, e também cultivavam uma vetusta amizade, avisou-a logo.
Foi com grande espanto pois, que o robô propriedade do senhor de Nihil, recebeu um postal da Galática estação de correios, um aviso para levantar no prazo de 24 horas as suas malas, em correio registado, e conforme agora pudera verificar, com aviso de receção.



 
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ajsn
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