África… África minha, Quanta riqueza tens no teu ventre Quantas noites passam brancas No ventre da tua gente?!
Ó mãe África, Teus filhos fogem apressados Pra longínquos horizontes, E levam n’alma, Esperança de um dia Voltarem às machambas
Mamã África, Limpe tuas lágrimas, Tua gente há-de voltar Às machambas, aos kinbos, Aos campos da lavoura E às minas adormecidas…
Teus filhos hão-de voltar… Hão-de voltar a sentir o calor do teu colo, Se o novo colono negro, Negro como noites de cacimbo, Deixar de olhar só pra seu umbigo, E fazer da tua riqueza, nossa riqueza