Sonetos : 

Entre as nossas falanges

 
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Ontem sonhei com você, minha musa.
Bem como nas melhores madrugadas.
Nele, te encontrava e tomava suas
Mãos entre as minhas. Mãos já tão cansadas.

As abri, olhando terno suas linhas.
Tateei-as cauto como um quiromante.
Entrelaçando os dedos, lembrei que
Hão sozinhas quando estiver distante.

Tocando-as senti a aspereza de
Quem trabalha, e na força dessas palmas
A delicadeza de quem ama.

Cobrindo-as, tomei seus olhos por lares.
Guardava-as como diamantes preciosos.
Por fim, beijei-a sob meus polegares.


Guilherme R.

 
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GuilhermeR.
 
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