Essa que meu avô contou, é do tempo dele no segundo grau do colégio. Ele e três amigos, João e Luís Carlos e o Glen, resolveram entrar numa feira de ciências, que se realizou no Maracanãzinho. O tema escolhido, tinha que ser polêmico, não seria o meu avô Frederico, se não fosse. Escolheram inseminação artificial .Fizeram muita pesquisa a respeito, visitaram o setor de reprodução animal da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ali aprenderam tudo que possível sobre o tema, usaram a criatividade e fabricaram vaginas artificiais de materiais diferentes daqueles encontrados na UFRRJ, mas que cumpriam perfeitamente, às funções para as quais foram criadas. Extrapolaram, uma parte do trabalho ,para a área de reprodução humana, essa parte incomodou a Igreja católica, sempre ela a atrapalhar a ciência. Essa feira foi em 1971. Alguns membros da Igreja sugeriram que o stand com o trabalho do meu avô e dos amigos, não era conveniente. Felizmente, os diretores do Arte e Instrução , colégio onde estudaram, e a direção da feira, não encontraram nada que fosse inconveniente e sim acharam o stand deles brilhante. Tanto que foi premiado, ficando entre os 5 melhores entre todos os colégios da cidade do Rio de Janeiro.
A visita do meu avô ao centro de reprodução animal da UFRRJ, foi que despertou nele o interesse de fazer veterinária nesta Universidade e falando nisso, passou em segundo lugar no vestibular para a veterinária em 1974. Meu avô é malucão, mas não é burro.
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