Usava no pulso
O relógio parado
Daquela sadia hora
Que foi tão
Boa por ser
A mais inspiradora
Libertadora de tristezas
E de fantasmas
Foi naquela hora que conheceu
A sua outra metade da alma
Olhava vezes sem conta os ponteiros morridos
Como se fosse preciso recordar o inesquecível
Replicar o íntimo na pele metálica
Como se não bastasse,
A saudade tagarela da sua amada
O afeto a bater no teto da razão
O sonho com refluxo na carótida
A esperança como GPS da vontade
Aquele homem
Mancava no peito esquerdo
Trazia 3 toneladas dela
E um infinito de afeto
No coração
“Acredito que o céu pode ser realidade, mas levarei flores para o pai - Erotides ”