Enviado por | Tópico |
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Alemtagus | Publicado: 18/09/2024 16:48 Atualizado: 18/09/2024 16:48 |
Membro de honra
![]() ![]() Usuário desde: 24/12/2006
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Mensagens: 3802
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![]() Outro tema recorrente, a escrita e o assassinato da mesma. Chamar narcisistas às suas páginas (ególatras) é diminuir a palavra, essa que não é bem tratada. O orador que esbracejava para plateia e meia é um ditador de pouca oratória. O rostir dos verbos segue em igual sentido, a ofensa à escrita, bem como a orgia linguística.
todos os sós, uma imagem imponente. |
Enviado por | Tópico |
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Beatrix | Publicado: 18/09/2024 17:24 Atualizado: 18/09/2024 17:24 |
Colaborador
![]() ![]() Usuário desde: 23/05/2024
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Noto algum desequilíbrio entre as duas primeiras e a terceira e última sextilha. Parecem-me as primeiras mais pertencentes ao mesmo poema, do que a terceira onde a imagética é bastante diferente, com versos fortes e imagens de monta. Beatrix |
Enviado por | Tópico |
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Alpha | Publicado: 18/09/2024 17:53 Atualizado: 18/09/2024 17:53 |
Membro de honra
![]() ![]() Usuário desde: 14/04/2015
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![]() Orgia
No calor dos corpos, desejos a arder, Sussurros e toques em ritmo febril, Na dança do prazer, ninguém quer ceder, Perdidos na luxúria, o momento é subtil! A orgia é o encontro onde os corpos falam uma língua própria, sem palavras, mas repletos de significados onde até os dentes se podem perder... Alpha |
Enviado por | Tópico |
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Benjamin Pó | Publicado: 18/09/2024 18:46 Atualizado: 18/09/2024 21:26 |
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Poema que vai crescendo consoante o vamos lendo várias vezes. Gosto de reflexões sobre como nasce a escrita poética e este texto fá-lo em três fases. A primeira, em que se luta contra o espaço em branco pela criação artística que, à força de surgir, "perde a compostura", torna-se forçada. A segunda, em que o poeta se defronta com as leituras feitas do seu texto, sentindo a duplicidade do orador que anseia pela plateia e que, ao mesmo tempo, sente a falsidade da egolatria. A terceira, mais metafórica e misteriosa, parece apontar para a comunidade que pensa saber definir o que é e o que não é literatura (os "frades" "com e sem dentes", consoante o seu maior ou menor talento). |