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Insônia

 
Insônia

Sinto-me só,
Navegando na solidão da insônia,
Como um destroço à deriva,
Perdido na imensidão do mar.

A noite já se debruçou sobre a cidade,
Num gesto de melancolia e compaixão,
Envolvo-me num manto de esquecimento,
Enquanto as pálidas estrelas adornam o céu
E a lua se oferece como consolo.

Todos já adormeceram,
E eu sou um solitário guardião
Desse tédio que me abraça,
Ouvindo o relógio com seu incessante tic-tac,
Que insiste em marcar o tempo que escorre.

Escuto o meu coração, batendo sem esperança,
Mantendo esta vida que não sei viver.
No pulsar de ambos, reconheço o mesmo desalento,
Um som frágil que ecoa na solidão.

As tábuas do tecto,
Brancas e desertas,
São como estradas sem destino,
Que levam ao abismo do Nada.

Carlos E.Santo

 
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Carlosesanto
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Enviado por Tópico
Barbozza
Publicado: 27/04/2025 03:40  Atualizado: 27/04/2025 03:40
Membro de honra
Usuário desde: 24/07/2009
Localidade: Brasil - Alagoas
Mensagens: 1842
 Re: Insônia
Carlosesanto, um poema bem contundente, a saber, muitos tem experimentado por vezes esse momento de insónia, é muito cruel, querer dormir e não dormir-, abraço.

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