Poemas : 

Ladainha do corpo aceso

 


Diz
corpo
onde começa o incêndio.

Diz
boca
o nome que queimaste.

Diz
pele
onde mora a ausência.

Arde.
Arde o que se cala.
Arde o que se lembra.

Repete
terra
a dor dos passos.

Repete
vento
o sopro que fugiu.

Repete
tempo
aquilo que não cede.

Arde.
Arde a voz.
Arde o toque.
Arde o altar do silêncio.

Clama
peito
por um céu que não responde.

Clama
gesto
por um fim que se recuse.

E o que sobra
reza.



 
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idália
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Enviado por Tópico
MÁRIO52
Publicado: 27/06/2025 21:39  Atualizado: 27/06/2025 21:39
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 Re: Ladainha do corpo aceso
Ladainha que fala por si própria. Não são precisas mais palavras.

Soberbo poema!

Parabéns!

Abraço, cara idália.

Mário Margaride