Trago no corpo um nome
que a boca não soube conter.
Sentei-me na pedra do tempo
com as feridas viradas para o sol
e esperei arder.
Já me levaram
roupas, risos e preces,
o retrato sobre a mesa.
Deixei.
O que é meu
não se move com a perda.
Guardei a vara de ouro
num osso que não se quebra.
E sigo…
Feiticeira de ausências,
bordando silêncio em olhos alheios.
Não te preocupes com o que restou de mim
ando inteira,
mas ninguém vê.