Poemas : 

Vara de Ouro

 
Trago no corpo um nome
que a boca não soube conter.

Sentei-me na pedra do tempo
com as feridas viradas para o sol
e esperei arder.

Já me levaram
roupas, risos e preces,
o retrato sobre a mesa.
Deixei.

O que é meu
não se move com a perda.

Guardei a vara de ouro
num osso que não se quebra.
E sigo…
Feiticeira de ausências,
bordando silêncio em olhos alheios.

Não te preocupes com o que restou de mim
ando inteira,
mas ninguém vê.

 
Autor
Aline Lima
 
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