Encosto-me à parede branca.
A luz
indiferente
derrama-se sem propósito
desistente.
Os relógios pararam
por tédio
e o tempo desenha contornos
de pássaros mortos.
No centro
o chão ocupa a ausência
sem falar.
Talvez o único som
ainda possível
seja o suspiro da madeira
a lembrar
que também ela queria fugir.