Poemas : 

Encosto-me à parede branca

 



Encosto-me à parede branca.

A luz
indiferente
derrama-se sem propósito
desistente.


Os relógios pararam
por tédio
e o tempo desenha contornos
de pássaros mortos.

No centro
o chão ocupa a ausência
sem falar.

Talvez o único som
ainda possível
seja o suspiro da madeira
a lembrar
que também ela queria fugir.



 
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idália
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