Enviado por | Tópico |
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morrisey2025 | Publicado: 14/08/2025 23:51 Atualizado: 14/08/2025 23:51 |
Muito Participativo
![]() ![]() Usuário desde: 19/07/2025
Localidade:
Mensagens: 81
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![]() Poema maritomo e com cheirinho a Camões
Gostei |
Enviado por | Tópico |
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Alemtagus | Publicado: 15/08/2025 09:31 Atualizado: 15/08/2025 09:32 |
Moderador
![]() ![]() Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3841
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![]() Foi isto que li.
Um velho de cabelo grisalho, alvas e longas barbas a imitar ondas de mar que sussurravam ao vento. Nos búzios ouvia encantos e o mundo inteiro que adormecera, já antes, no chão do mar, daquele e de outros que se abraçavam num amor quase de gente. O desejo de ser esse mar e correr a terra desde aqui ao sol-posto, de ida e volta e depois retornar aos abraços entre oceanos, confundiam-se com os olhares indiscretos das estrelas, as tais que se escondiam umas atrás de outras e bocejavam risos atrevidos enquanto apontavam com um ligeiro raio de luz os homens que se davam ao vento. As gaivotas eram um quadro decorativo, mas essencial à existência do pintor de palavras que as olhava com a intenção de lhes definir um rumo e um propósito... estranha coisa esta de escrever sem direcção e saber que os olhos que lambem as letras também lá entram e se fazem parte da história. É cómodo pensar que tudo isto é só nosso e que o dia de amanhã nos convida a irmos sós, porém o tempo, o vento, o mar e as letras, invadem-nos e partilham-nos por aí, sabe-se lá por onde, no intuito de sermos um pedaço uns dos outros, mesmo que não queiramos. Este poder apodera-se das nossas mãos e faz-nos dono de um mundo, depois de outro e de outro. De infindáveis olhares. De imensos mares. |
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Enviado por | Tópico |
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KaiiqueNascimentto | Publicado: 15/08/2025 23:21 Atualizado: 15/08/2025 23:21 |
Da casa!
![]() ![]() Usuário desde: 23/09/2014
Localidade: Francisco Morato - SP
Mensagens: 420
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![]() Alexandre Boa Noite!
teu poema é mar aberto. Senti a queda, o vento e o peso da água. Esse voo que nasce no fim é o que mais toca — porque só quem quase afunda entende a força de voar. Abraços, Kaique Nascimento. |