
Poesias
Minhas poesias nada valem,
e eu bem sei que nada elas devem valer;
afinal, são como as águas de um rio
que vão desaguar no mar
e no mar se perder.
Trago em mim esta consciência auditiva,
mesmo sem saber o que é o certo,
pois é como uma flor que permanece viva
no sol escaldante, nas areias de um deserto.
Como o vento que varre folhas no outono,
compondo para o inverno que há de vir,
ao final da noite, quando aperta o sono,
para se sonhar e ver poesias surgir.
Elas, apesar de quase nenhuma valia,
a nós, “poetas”, trazem felicidade;
e, ao observarmos nossa cria,
é quando nos sentimos humanos de verdade.
Alexandre Montalvan
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