Por que tentas assim, ó poesia sem prosa
A inspiração, que por paixão, retém ardor
Sensação, não me presigas não, dissabor
A me tentar tirar a trova que oferece rosa
Solidão que acossa, aperta, seja piedosa
Versificação, me traga o versar amador
Só tenta em vão, de mim, gerar uma dor
E tirar da alma aquela emoção fervorosa
Credo! Afasta de mim! Ó cantar perverso
Soneto, não quero ler em ti o duro engano
Quero a imaginação romântica no verso
Peco somente por querer o amor cheio?
Foge de mim, tentação, devaneio tirano
Traz poética, deixe o mau ao verso alheio.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 setembro, 2025 – 15’45” – Araguari, MG
Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.
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