Poemas : 

As mãos do tempo

 



De manhã
não chamo pelo sol.
Os dias chegam mudos
sem rosto
sem cerimónia.

Não persigo
[como pardais famintos]
o som das promessas
caídas e esquecidas no parapeito.

Caminho pelas horas
banais
arrastando nos bolsos
derrotas dobradas como papéis velhos.

Envelheço no gesto.
As mãos conhecem
o peso lento
das escolhas.




 
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idália
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